Depois de uma longa sucessão de acontecimentos ao longo desse ano, estava refletindo no quanto eles me moldaram, no quanto eu sou diferente da menina de novembro do ano passado, no quanto amadureci.
A pior descoberta desse período da minha vida também foi a melhor: Não são as dores, as dificuldades, as pessoas pisando no seu calo, alguém indo contra você, os planos despedaçados e todos os contra tempos da vida que formam nosso caráter e que nos tornam maduros, mas sim a forma como decidimos VIVER esse período.
Algumas pessoas simplesmente deixam de viver, porque viver não é simples, não é fácil e principalmente porque viver dói. Isso mesmo, viver dói.
Sempre que algo acontece em sua vida, você tem duas formas de enfrentar...
Uma delas é acreditar que se você ignorar o ocorrido, passará. Como eu digo, algumas pessoas fazem 'cara de paisagem' e fingem que nada está acontecendo. Mas não, não passará, a ferida continuará no mesmo lugar, a situação continuará sem solução. Desta forma você apenas adia decisões, prolonga sofrimentos e ainda piora as consequências.
E eu falo por experiência própria. Durante um ano, não percebi e acabei entrando no 'modo automático' e ignorei uma situação que estava vivendo...apenas dizia que havia superado e que estava tudo bem quando a verdade não estava. Adiei uma decisão por um ano... e só piorei as coisas... Sofri mais, chorei mais, mas aprendi mais também. E só aprendi porque decidi viver. Decidi viver aquele momento mesmo que ele doesse tanto. E só assim descobri que não há como evitar a dor, porque a vida naturalmente dói. Uma mãe sente dores para ter seu filho, todos sentimos as dores dos tombos pra poder a andar, sentimos as dores dos fracassos por tentar. Você já pensou se todo mundo desistisse de tudo por que dói, por que é difícil, porque há outro caminho mais 'fácil'. Se nossas mães pensassem assim provavelmente não estaríamos aqui agora.
E depois de tomar minha decisão aprendi que isso sim é viver. É escolher mesmo quando você não tem certeza, é saber o momento de desistir ou de seguir adiante.
E é por isso que viver dói. Porque não há certezas, mas sim escolhas.
E quando você decide viver, escolhe sair do local de conforto, enfrentar as situações, seus medos e suas inseguranças é que a vida acontecem. Precisamos nos arriscar mais, nos preocuparmos e julgarmos menos. É necessário tomar a atitude de realmente querer viver.
E é essa atitude que Deus está esperando de nós. Ele não nos deu a vida pra somente existirmos. Ele quer que nós vivamos a vida em abundancia que Ele pagou caro para que a tivéssemos. Temos que fazer a diferença. Temos que ser diferentes, temos que marcar, impactar, nos tornarmos inesquecíveis para alguém, ser o apoio de outros.
Temos que cair pra poder aprender e levantar pra poder ensinar.
A vida é como a parábola do senhor que confiou a seus servos os talentos, e depois de algum tempo quis saber o que eles haviam feito com o que ele lhes havia confiado. Seu talento é sua vida, o que você falará para Deus quando Ele lhe perguntar o que você fez dela? Vai dar a desculpa de que tinha medo de viver, quando Ele lhe deu tudo para que você fizesse sua própria felicidade?
Viver é decidir. É das decisões difíceis que vem a realização, o aprendizado, os frutos, as alegrias, a felicidade, a maturidade.
E quanto a mim, decidi que não posso me limitar a simplesmente existir. Vou viver, doa o quanto doer.
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