Páginas

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Aprendi com as minhas cachorras

Eu observo e presto atenção em muitas coisas ao meu redor. Tenho duas cachorrinhas e não seria diferente com elas.
Ao observar e pensar, descobri que podemos aprender algumas coisas com as minhas gordinhas.


Uma das coisas que descobri que devemos aprender com elas é a dependência. Elas são absolutamente dependentes de mim, do meu pai, minha mãe e da minha irmã. Em tudo! Elas dependem de nós pra se alimentarem, pra beber água, tomar banho, cuidar de sua saúde, bom dependem de nós pra basicamente tudo, inclusive são dependentes do nosso amor. Mas até ai você pode falar que não vê diferença entra essas cachorrinhas e nós humanos. Mas o que acontece é que elas dependem sem se preocupar, acreditem que nós vamos suprir suas necessidades exatamente de acordo com o que elas precisam e também no momento em que elas precisam. Elas confiam que na hora que tiverem fome vão ter o que comer no potinho, a água também estará lá quando a sede chegar, nós as aqueceremos quando o frio vier. E assim elas aproveitam tanto a vida delas. Brincam, dormem, comem, relaxam. Sem nenhuma preocupação. E o engraçado é que nós deveríamos ser assim também. Mas ao invés de depender de homens, nossa total dependência deveria ser de Deus. 


Outra coisa que pude perceber é a capacidade de perdão delas. Eu posso brigar, posso ficar brava, posso coloca-las de castigo que assim que elas me vêem elas abaixam as orelhinhas, fazem aquele olho de gatinho do Shrek, abanam o rabinho e vem me agradar... As vezes eu penso, será que elas não lembram que eu acabei de brigar com elas? Mas pra elas não importam. Elas simplesmente me amam e acham que não há motivo no mundo que seja suficiente pra ficarem bravas comigo ou deixarem de ficar perto de mim. Isso é realmente o amor. Amor verdadeiro e sincero, perdão verdadeiro. E assim elas tem muito mais momentos alegres e divertidos com quem elas amam do que nós, seres pensantes.


Tenho me esforçado pra pra praticar o que tenho aprendido com esses pequenos momentos... afinal são eles que acabem completando nossa felicidade.


Beijinhos


Fiquem com Deus.


                                           

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Viver dói


Depois de uma longa sucessão de acontecimentos ao longo desse ano, estava refletindo no quanto eles me moldaram, no quanto eu sou diferente da menina de novembro do ano passado, no quanto amadureci.
A pior descoberta desse período da minha vida também foi a melhor: Não são as dores, as dificuldades, as pessoas pisando no seu calo, alguém indo contra você, os planos despedaçados e todos os contra tempos da vida que formam nosso caráter e que nos tornam maduros, mas sim a forma como decidimos VIVER esse período.

Algumas pessoas simplesmente deixam de viver, porque viver não é simples, não é fácil e principalmente porque viver dói. Isso mesmo, viver dói.

Sempre que algo acontece em sua vida, você tem duas formas de enfrentar...
Uma delas é acreditar que se você ignorar o ocorrido, passará. Como eu digo, algumas pessoas fazem 'cara de paisagem' e fingem que nada está acontecendo. Mas não, não passará, a ferida continuará no mesmo lugar, a situação continuará sem solução. Desta forma você apenas adia decisões, prolonga sofrimentos e ainda piora as consequências. 
E eu falo por experiência própria. Durante um ano, não percebi e acabei entrando no 'modo automático' e ignorei uma situação que estava vivendo...apenas dizia que havia superado e que estava tudo bem quando a verdade não estava. Adiei uma decisão por um ano... e só piorei as coisas... Sofri mais, chorei mais, mas aprendi mais também. E só aprendi porque decidi viver. Decidi viver aquele momento mesmo que ele doesse tanto. E só assim descobri que não há como evitar a dor, porque a vida naturalmente dói. Uma mãe sente dores para ter seu filho, todos sentimos as dores dos tombos pra poder a andar, sentimos as dores dos fracassos por tentar. Você já pensou se todo mundo desistisse de tudo por que dói, por que é difícil, porque há outro caminho mais 'fácil'. Se nossas mães pensassem assim provavelmente não estaríamos aqui agora.
E depois de tomar minha decisão aprendi que isso sim é viver. É escolher mesmo quando você não tem certeza, é saber o momento de desistir ou de seguir adiante.

E é por isso que viver dói. Porque não há certezas, mas sim escolhas. 

E quando você decide viver, escolhe sair do local de conforto, enfrentar as situações, seus medos e suas inseguranças é que a vida acontecem. Precisamos nos arriscar mais, nos preocuparmos e julgarmos menos. É necessário tomar a atitude de realmente querer viver.

E é essa atitude que Deus está esperando de nós. Ele não nos deu a vida pra somente existirmos. Ele quer que nós vivamos a vida em abundancia que Ele pagou caro para que a tivéssemos. Temos que fazer a diferença. Temos que ser diferentes, temos que marcar, impactar, nos tornarmos inesquecíveis para alguém, ser o apoio de outros.
Temos que cair pra poder aprender e levantar pra poder ensinar. 

A vida é como a parábola do senhor que confiou a seus servos os talentos, e depois de algum tempo quis saber o que eles haviam feito com o que ele lhes havia confiado. Seu talento é sua vida, o que você falará para Deus quando Ele lhe perguntar o que você fez dela? Vai dar a desculpa de que tinha medo de viver, quando Ele lhe deu tudo para que você fizesse sua própria felicidade? 

Viver é decidir. É das decisões difíceis que vem a realização, o aprendizado, os frutos, as alegrias, a felicidade, a maturidade.

E quanto a mim, decidi que não posso me limitar a simplesmente existir. Vou viver, doa o quanto doer.