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sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Alguns traumas por aí

          Depois de tantos relacionamentos (não estou falando apenas de relacionamentos amorosos, tá?), vamos adquirindo algumas cicatrizes pelo caminho. Talvez hoje seja muito mais difícil confiar do que há uns 6 anos atrás, quando muita coisa ainda não tinha acontecido. Talvez hoje seja muito mais difícil não achar que vão me machucar outra vez. Porque tal qual um cachorro maltratado, que depois de tanto apanhar sente medo até quando uma mão se levanta para lhe fazer carinho, nossos corações já fogem ao menor sinal de similaridade com situações passadas, mesmo que essas similaridades aconteçam apenas dentro de nossas próprias mentes férteis traumatizadas. A verdade é que todos colecionamos alguns traumas por aí. Traumas que muitas vezes escondemos, traumas dos quais temos vergonha, traumas que não admitimos. 

          E em meio a tantas dores, desconfianças, medos, eu me pergunto onde eu fui parar, quem eu sou hoje. A pessoa que sempre perdoou e esqueceu, que sempre foi capaz de virar a página se deixa ser assombrada por fantasmas do seu passado que nem existem, que nem estão por perto. Me pergunto se é justo comigo caminhar levando uma carga tão grande, que eu podia simplesmente deixar de lado para seguir em frente. Mas como todo processo, jogar toda essa bagagem fora leva tempo. Quanto tempo vai levar? Só Deus sabe. Mas eu tenho certeza que com Ele junto comigo nesse caminho vai ser mais rápido e vai ser definitivo. Porque alguns band-aids tem que ser removidos de uma vez.

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