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sábado, 26 de janeiro de 2019

Up and Down

     

         Um dia lá em cima. Outro lá em baixo. Às vezes não precisa nem ser um dia inteiro em cima ou em baixo. Às vezes essa montanha russa anda muito depressa. Um turbilhão de sentimentos em um dia só. Às vezes dói, outras vezes só incomoda. Às vezes é um bem estar tão ingênuo e despretensioso.

          No fim das contas tento aproveitar o que cada subida e cada descida tem a me ensinar. Você aprende  que o frio na barriga que dá em uma descida abrupta também vai ser responsável por te ajudar a subir. Você aprende seus limites e sempre pode redefini-los. Você aprende que tem coisas novas a aprender todos os dias.

          Mas na verdade, o que eu quero mesmo é alguém que esteja disposto a entrar comigo nessa montanha russa que é a vida, alguém para poder compartilhar o caminho, o choro, o sorriso, a tristeza e toda a euforia que essa jornada me traz. No fim das contas você quer mesmo ter a segurança de ter com quem contar. A segurança do abraço que traz paz. E não adianta vir com esse papo de que você tem que se bastar. Ninguém se basta. NINGUÉM! Ter em quem se apoiar é fundamental. Compartilhar essa jornada é o que traz o sentido.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Alguns traumas por aí

          Depois de tantos relacionamentos (não estou falando apenas de relacionamentos amorosos, tá?), vamos adquirindo algumas cicatrizes pelo caminho. Talvez hoje seja muito mais difícil confiar do que há uns 6 anos atrás, quando muita coisa ainda não tinha acontecido. Talvez hoje seja muito mais difícil não achar que vão me machucar outra vez. Porque tal qual um cachorro maltratado, que depois de tanto apanhar sente medo até quando uma mão se levanta para lhe fazer carinho, nossos corações já fogem ao menor sinal de similaridade com situações passadas, mesmo que essas similaridades aconteçam apenas dentro de nossas próprias mentes férteis traumatizadas. A verdade é que todos colecionamos alguns traumas por aí. Traumas que muitas vezes escondemos, traumas dos quais temos vergonha, traumas que não admitimos. 

          E em meio a tantas dores, desconfianças, medos, eu me pergunto onde eu fui parar, quem eu sou hoje. A pessoa que sempre perdoou e esqueceu, que sempre foi capaz de virar a página se deixa ser assombrada por fantasmas do seu passado que nem existem, que nem estão por perto. Me pergunto se é justo comigo caminhar levando uma carga tão grande, que eu podia simplesmente deixar de lado para seguir em frente. Mas como todo processo, jogar toda essa bagagem fora leva tempo. Quanto tempo vai levar? Só Deus sabe. Mas eu tenho certeza que com Ele junto comigo nesse caminho vai ser mais rápido e vai ser definitivo. Porque alguns band-aids tem que ser removidos de uma vez.